domingo, 4 de março de 2012

N-amor-ar, você entende?



Um dia desses, nessas conversas filosóficas de bar, eu e uma amiga chegamos à seguinte conclusão: Namorar vai muito além do que simplesmente gostar e se identificar com alguém.
Não que seja difícil, ou haja regras para manter um relacionamento estável com a pessoa que se gosta. Mas, por algum motivo, muitos casais caem na rotina, deixa o tédio se instalar no meio e vai perdendo o tesão.
(Não, peloamordedeus, isso não é um blog de autoajuda!)
O cara diz que te ama, manda flores na sua casa, escreve no cartão um trecho de uma música do Chico, rola um sexo no fim de semana e te manda mensagem depois de te deixar em casa. "Esse é pra namorar....'' 
Não! Todo relacionamento são flores no início. A questão é mantê-lo assim, pelo menos por um bom tempo.
Não importa se você conhece a pessoa à um mês, ou ''fica sério'' à 7 meses, ou mais... primeiro rola a química, o desejo de estar junto, de conversar, beijos e rirem muito juntos.
Mas, - muito mais que isso - namorar requer o interesse dos dois, nos dois. Nada de prazer egoísta, ''se não for do meu jeito, eu não quero'', muitas pessoas colocam regras absurdas pra se relacionar com a outra, prendem a outra como se ela fosse um objeto comprado na loja da esquina. E ainda existe quem se deixe controlar.
Acredite: não precisa abandonar os bares e os amigos, não precisa abolir sua vida social só porque está namorando. Qual o problema de levá-la junto? Essa pessoa agora faz parte da sua vida, assim como seus amigos. Impossível excluir qualquer um dos pilares que te mantém em equilíbrio.
Namorar é compartilhar, é conhecer bem o outro. É estar sempre à disposição, é desejar a felicidade dela, ter interesse de verdade na vida dela, é aconselhar, é ir àquela festa que você detesta, mas ela está louca pra ir e encontrar os amigos, é sofrer também. Sofrer quando vê-la sofrer, é dar o ''ombro amigo'' às 22h na segunda-feira depois de ter trabalhado o dia todo. É perdoar e não ficar jogando na cara o tempo todo alguma falha dela. Não precisa lembrar a data de aniversário de namoro, mas é preciso saber que ela detesta Paulo Coelho na hora de comprar um presente e nem come pizza de calabresa, quando for pedir algo pra comer. É chamar pra um programa exótico, quando ela está desanimada, é entender que aquele sábado vai ficar só nos beijos mesmo, é ouvir os dramas com paciência e ainda fazê-la rir deles.
Muitas pessoas não entendem isso ainda. Não que seja um pecado... parece simples, mas é complexo ao mesmo tempo. Como disse, namorar vai muito além que dizer eu te amo e se identificar com alguém.
Namorar é se sentir aceito, é (con)viver, é se sentir bem vindo. É surpreender a cada dia.

N-amor-ar. Você entende?

2 comentários:

  1. Mas cá entre nós é bem dificil leva-la em um encontro com amigos pois tanto ela como eles não iriam se sentir confortaveis com a situação.

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  2. Essa relação Douglas, tem que ser criada desde o início da relação, no meu ponto de vista. Conheço alguns casais que fazem assim, e isso só ajuda o relacionamento.

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