segunda-feira, 4 de março de 2013

Pronto, desliguei.

Fiz as pazes com o Chico,  Cachorro Grande, Karina Burh e com o álbum "Ventura" de Los.
Logo eu que reclamava dos brasileiros retornarem as atividades normais depois do carnaval, dei partida agora. Zero a zero no placar. Acordei sem me importar em olhar o celular. A te stalkear. Dessa vez eu não pedi pra trocar de música quando começou "Olhos nos olhos", pelo contrário, cantei junto. No fim de semana eu não me importei em pensar que poderia encontrar com você e ela no show. Let it be. A minha sede de você acabou.
Você não me deve desculpas pela sua (ou minha) loucura. Eu ainda não devia escrever nada sobre você. Mas seria injusto comigo ou com quem aqui dentro automaticamente escreveu tanto tempo assim sobre você, não despedir. Na verdade, são tantos "vocês" que se revezam nos capítulos... são tantos tiros de raspão no coração. Mas a física explica, nós que não soubemos interpretar e insistimos. Os opostos se atraem mas não somam. "Mais com menos" nunca acrescentarão. Sempre haverá um resultado negativo preciso no caminho. Por isso eu me despeço, por mais que você já tenha feito a mala há muito tempo.
Mas eu ainda estava aqui querendo provar o contrário. Qualquer dia desses, venha tomar café em casa e discutir sobre política. Na verdade eu não quero mais saber como você está, mas pode vir jogar conversa fora... mas só venha com vinho.
Ahh, hoje ao acordar não precisei verificar no espelho se eu estava bonita. Eu tinha certeza que estava. Com o mesmo sorriso colgate e a franja jogada de lado. E como brasileira que sou, o carnaval passou, não é? Agora eu quero outros sabores, outros ambientes e novos sons. Preciso de um novo protagonista pra descrever nos meus rascunhos. De uma nova trilha sonora. De um novo lugar pra olhar nos olhos. E, claro: daquele sentimento que chega a tormentar e não entender o porquê de levar mais alguém além de mim.


[Ouvindo: Um Girassol da Cor de Seu Cabelo - Milton Nascimento e Lô Borges]