Então -
graças a Deus – mais um ano se vai. Como eu falo mais sobre mim em vinte
minutos escrevendo do que em duas horas de conversa, vamos lá.
Estou vendo
muitas pessoas reclamando deste ano, então sou uma mulher de muita sorte. 2012
foi o ano mais surpreendente já registrado nos meus 19 anos.
Pra filha rebelde que saiu de casa cedo e não
conhecia ninguém na cidade nova, o reconhecimento das pessoas depois de 12 meses é algo que
eu ainda não consigo explicar.
Vir pra
Divinópolis e tentar escrever alguma história foi a melhor decisão sem pensar, que eu já fiz. Arriscar um estágio com apenas
um mês de faculdade, eu não vou me perdoar.
Talvez
seja cedo demais pra afirmar isso, mas, foi o ano que eu me descobri na
profissão que eu quero seguir pra vida toda.
Conhecer
pessoas, descobrir histórias e relatar isso pra mais mil pessoas. É isso.
Eu não
preciso falar também das amizades que eu fiz. O pessoal de Divinópolis descreve
todas as características do povo mineiro. Um povo caloroso, acolhedor e
afetuoso. Claro que a minha profissão provocou que eu conhecesse muitas
pessoas, mas ainda assim, vejo um olhar sincero de: “qualquer coisa eu estou
aqui” em muitos que cruzaram o meu caminho.
Meus
planos no início de ir todos os fins de semana ver meus amigos e a minha
família, claro que não deram certo. Mas
eu fico feliz de saber que os velhos e bons permanecem apesar do
distanciamento.
Os amores,
nenhum permaneceu. Não fisicamente, ao meu lado. Mas os poucos que passaram por
uma temporada, deixaram marcas e ajudaram no meu crescimento de alguma forma.
Foram
muitas descobertas em muito pouco tempo. A profissão certa, as pessoas, a
faculdade... mas o melhor de tudo foi o processo de me auto-descobrir.
Parei de
ser tão exigente comigo mesma e a respeitar que eu tenho o meu tempo
também. Descobri que não é porque eu sou
jornalista como os outros dizem, que eu preciso ser o google. Meu quarto é desarrumado e mesmo com cama eu
prefiro colocar o colchão no chão. Funciono melhor a noite e gosto de cobrir
assassinatos a sangue frio. Sempre vou deixar pra fazer amanhã o que eu posso
fazer nesse instante. E que não adianta,
eu nunca vou usar salto sem necessidade.
Como diz Lispector: "E se me achar esquisita, respeite
também. Até eu fui obrigada a me respeitar."
Desse
jeito meio torto, cambaleando, eu vou mostrando quem eu sou e conquistando o
meu espaço.
No ano que
se inicia eu desejo muita luz e muito amor na minha trajetória e no caminho de
vocês que me acompanharam. Seja pessoalmente, na faculdade, nas reportagens, pelas redes sociais e pra
você, que tem paciência pra ler meu blog.
Foi
essencial e continuará sendo a presença de vocês ao meu lado, cada um trazendo
uma parcela de apoio em cada conquista e contribuindo com a minha felicidade.
Se eu
cheguei até aqui, vocês foram peças e partes da ponte pra que eu pudesse chegar
ao findar desse ano e agradecer pelas maravilhas que aconteceram. Obrigada a todos, de verdade.
Fé e força
pra todos nós, eu conto com vocês no próximo ano. E como eu não volto a
escrever tão cedo... até lá. Espero novidades de vocês também.
“Nem vem
tirar meu riso frouxo com algum conselho, que hoje eu passei batom vermelho... Eu
tenho tido a alegria como dom, em cada canto eu vejo o lado bom.”
[Ouvindo: Velha e Louca – Mallu Magalhães]
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