
Por tempos eu tentei seguir este conselho do Edson Marques.
Mas hoje eu venho humildemente me redimir.
Eu tenho pressa.
Eu quero que alguém indique a direção correta e me deixe pegar o primeiro vôo.
Eu quero que alguém indique a direção correta e me deixe pegar o primeiro vôo.
Chega uma fase em que o problema não são as respostas. E sim, não saber o que perguntar.
O caminho pode ser este bem à nossa frente, mas queremos seguir a direção contrária. Virar as costas, pegar a lanterna e criar a trilha.
Shakespeare também tentou me convencer por vezes quando disse: "Mas se você não sabe pra onde está indo, qualquer caminho serve". Lendo um dos maiores clássicos dizendo isso, deu uma vontade danada de sair por aí e arriscar.
Pois bem... foi feito.
Agora eu me olho no espelho e vejo uma Nayara com a expressão de: E aí? Qual será seu próximo capítulo?
Nunca fui dessas de angustiar e deixar a monotonia reinar meu ambiente. Mas agora ela me espreme a alma até que a saia caldos de palavras na madrugada, nas tardes nubladas...
Eu até tentei acreditar que essa fase poderia ser algo relacionado ao processo de amadurecimento, por ser chata e angustiante. Juro que tentei.
Mas já descartei essa ideia também. Amadurecimento nada tem a ver com 'não-sei-nem-a-hora-que-estou-com-fome'.
Mas a solidão me ajudou a pensar nisso tudo e excluir todos estes escritores que por anos à fio me ajudaram com suas frases bonitinhas. Mesmo me decepcionando, avistava sempre outro com uma ideia sensacional e voltava sempre inteira.
Sim, a solidão além de tudo é egóica: sei onde quero ir, mas não me deixa ir, e não me explica o porquê ninguém poder ir também, além de mim.
Eu não quero mais seguir a filosofia de alguém. Agora eu quero escrever. Quero outro caderno e caneta. Quero outro cenário. Outros personagens. Outro protagonista. Outra história. Eu tenho sede e tenho pressa.
Vou enterrar tudo em um cemitério de memórias e jogar lama. E mesmo que venham me julgar por assim estar agindo, continuarei firme, comprarei minha passagem enquanto gritam e me joguem pedras. E por um simples descuido... eu perca o vôo novamente.
Shakespeare também tentou me convencer por vezes quando disse: "Mas se você não sabe pra onde está indo, qualquer caminho serve". Lendo um dos maiores clássicos dizendo isso, deu uma vontade danada de sair por aí e arriscar.
Pois bem... foi feito.
Agora eu me olho no espelho e vejo uma Nayara com a expressão de: E aí? Qual será seu próximo capítulo?
Nunca fui dessas de angustiar e deixar a monotonia reinar meu ambiente. Mas agora ela me espreme a alma até que a saia caldos de palavras na madrugada, nas tardes nubladas...
Eu até tentei acreditar que essa fase poderia ser algo relacionado ao processo de amadurecimento, por ser chata e angustiante. Juro que tentei.
Mas já descartei essa ideia também. Amadurecimento nada tem a ver com 'não-sei-nem-a-hora-que-estou-com-fome'.
Mas a solidão me ajudou a pensar nisso tudo e excluir todos estes escritores que por anos à fio me ajudaram com suas frases bonitinhas. Mesmo me decepcionando, avistava sempre outro com uma ideia sensacional e voltava sempre inteira.
Sim, a solidão além de tudo é egóica: sei onde quero ir, mas não me deixa ir, e não me explica o porquê ninguém poder ir também, além de mim.
Eu não quero mais seguir a filosofia de alguém. Agora eu quero escrever. Quero outro caderno e caneta. Quero outro cenário. Outros personagens. Outro protagonista. Outra história. Eu tenho sede e tenho pressa.
Vou enterrar tudo em um cemitério de memórias e jogar lama. E mesmo que venham me julgar por assim estar agindo, continuarei firme, comprarei minha passagem enquanto gritam e me joguem pedras. E por um simples descuido... eu perca o vôo novamente.
[Ouvindo: Tumbalalaika - Andrea Guerra]
Nayara,
ResponderExcluirQue bom que você gostou (da frase inicial) do meu poema Mude.
Mude, mas comece devagar, porque a direção é mais importante que a velocidade.
Que, aliás, não é de Clarice Lispector.
Se puder, veja o poema todo, assim como o vídeo e o livro Mude, publicado pela Pandabooks, com prefácio de Antonio Abujamra, e à venda nas maiores livrarias.
Além disso, tal poema também já foi publicado por Pedro Bial na faixa 4 do CD Filtro Solar.
Detalhes em http://Mude.blogspot.com
Devidamente registrado na Biblioteca Nacional do Ministério da Cultura – Registro 294507 – Livro 534 – Folha 167 – em 04/08/2003.
/// Para o poeta, o importante é encantar o coração do leitor. Mesmo que este suponha ter sido encantado por Clarice Lispector.
E o vídeo Mude pode ser visto aqui:
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=KlP9XpjVsas
/// Flores e estrelas...
Onde foi que você viu que é de Clarice? Pois quero passar a informação correta também a essa pessoa, para evitar que tal erro de autoria seja ainda mais disseminado.
E eu tenho uma versão onde modifico para "rapidamente". Tem no blog.
Edson!
ResponderExcluirEu já conhecia a frase mas não sabia de quem era. Na hora de escrever procurei no google e achei pela suposta "autoria" da Clarice. rs
Desculpe pelo engano e já está corrigido. :)